OS PAIS PRECISAM APRENDER A PSICOLOGIA INFANTIL?
Creio que alguns pais ficam angustiados com a ideia se serem psicólogos perfeitos de seus filhos, mas pode ser que a compreensão do que se aplica a seu filho já pode ajudar. O universo infantil é extenso e complexo, cada caso é um caso totalmente diferente do outro. O que deu certo com o filho do vizinho não significa que dará com o seu. Os sintomas que o coleguinha apresentou pode ter sido originado por problemas muito diferentes do que o seu filho está passando.
COMO A PSICOLOGIA INFANTIL AJUDA A CRIANÇA
O psicólogo infantil, além de sua vocação para lidar com crianças, trabalha no sentido de oferecer um ambiente onde ela se sinta segura e acolhida. A forma de falar, o tom, as palavras que ele usa são todas elaboradas para criar um ambiente de confiança onde a informação sobre o que se passa com a criança seja colhida da melhor forma possível. Por exemplo, se você perguntar se ele está chorando porque o coleguinha bateu nele é possível que ele responda que sim, mesmo que não seja esse o motivo, pois se alguma vez algum coleguinha já deu algo parecido com tapinha e, ao ouvir esta pergunta, ele poderá lembrar deste episódio e pode responderá que chora devido ao coleguinha, mesmo que este tapinha não tenha a nada a ver com o choro atual.
A psicologia infantil poderá ajudar esta criança a se restabelecer de forma mais saudável e também poderá orientar os pais para a continuação do processo de melhora em casa.
6 sinais de que é hora de procurar um psicólogo
É importante que os pais estejam atentos a comportamentos dos filhos que indiquem que é necessário a ajuda de um psicólogo, “tristeza, prostração, apatia, perda de interesse, agressividade ou choro excessivo… podem ser sinais de que algo não vai bem com seu pequeno”, afirma Sarah Helena, psicóloga e curadora na Leiturinha. Para ajudar você a perceber se é preciso procurar um acompanhamento profissional, Sarah elencou os principais sinais de que o seu filho precisa de um psicólogo. Confira:
1. Alteração brusca ou exagerada de comportamento
Pode acontecer de a criança mudar exageradamente seu modo de se comportar, sem que isso necessariamente signifique um problema. No entanto, por vezes, essas mudanças podem prejudicar a saúde ou os relacionamentos do pequeno, gerando sofrimento a ele. Essas alterações no comportamento, normalmente, ocorrem no sono (quando faz xixi ou se recusa a dormir sozinho, quando antes o fazia); na alimentação (comendo exageradamente ou deixando de ter apetite) ou na escola (por problemas comportamentais ou de aprendizagem), que se torna uma grande aliada dos pais por ter a oportunidade de observar a criança ao longo do dia, quando os pais não estão presentes.
2. Comportamentos agressivos
A agressividade exagerada, quando não resolvida por conversas em família, pode ser um sinal de que o pequeno não está lidando bem com algum sentimento ou situação, sendo indicado procurar ajuda profissional.
3. Muita agitação, inquietude ou dificuldade em manter a atenção
Atualmente, muitas crianças são diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e acabam sendo medicadas, por vezes sem real necessidade. Em casos de agitação, inquietude e falta de atenção, a terapia pode ser uma grande aliada, ajudando não só a criança, como também os pais e familiares a lidar com a situação. Na maioria das vezes, uma mudança de comportamento e atitude dos pais pode até mesmo resolver o problema da criança, uma vez que eles exercem grande influência sobre o que os filhos sentem, pensam e como se comportam.
4. Problemas escolares
Seja por problemas comportamentais, seja por alguma dificuldade de aprendizagem, a psicoterapia infantil tem muito a contribuir nestes casos, orientando os pais e a escola.
5. Regressão de alguma fase do desenvolvimento
Isso é comum quando há a chegada de um irmãozinho, por exemplo, ou em situações em que a criança se sente insegura por algum outro motivo. Nesse caso, é importante ficar atento e observar a criança. O acompanhamento de um profissional pode ajudar bastante.
6. Saúde prejudicada, principalmente quando não há uma causa biológica
Às vezes, as crianças ficam doentes sem que os pais encontrem uma causa biológica ou física. É preciso estar sempre atento aos sintomas, pois, muitas vezes, o que as crianças não conseguem verbalizar, aparece como sintoma, seja comportamental ou físico. É o corpo falando pela criança.
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